Asma é uma doença inflamatória das vias aéreas inferiores.
A causa dessa inflamação é multifatorial: genética e ambiental.
Depois da inflamação iniciada, vários são os gatilhos que podem desencadear os sintomas da doença: pó, poeira, fungo, mofo, ácaro, cheiros fortes de perfumes ou de material de limpeza, fumaça, descarga de carro, frio ou calor excessivos, infecções virais ou infecções bacterianas.
A gravidade clínica e espirométrica da Asma depende muito da quantidade de ar que não está saindo dos pulmões adequadamente.
Os sintomas basicamente são falta de ar, cansaço, aperto no peito, uma sensação de que o ar “não dá a volta”, tosse predominantemente seca, sibilância (chiado), piora ao dormir e aos esforços.
Quando o paciente cita dor para respirar, febre e expectoração purulenta, já precisamos pensar em uma crise infecciosa e fazer o diagnóstico diferencial entre as várias infecções bacterianas das vias aéreas e definir a necessidade ou não de uso de antibiótico.
Consegue-se estabelecer essa gravidade com a história clínica, o exame físico e com avaliação da função pulmonar – sendo a espirometria o exame mais simples disponível.
Habitualmente, quando se fala em crise de Asma, a pessoa já pensa naquela falta de ar extrema e o peito chiando (sibilos), mas na verdade existem várias apresentações.
Muitas vezes recebo no consultório pacientes que têm uma tosse seca, “boba e chata”, que, quando se vai investigar, é uma Asma Leve ou mesmo uma Asma Variante Tosse.
O tratamento não é difícil. Considerando que a inflamação que acontece na Asma fecha os brônquios pulmonares, a proposta do tratamento é abri-los e mantê-los abertos.
Como é uma inflamação usa-se um anti-inflamatório: Corticóide Inalatório, às vezes de forma isolada, mas mais comumente acrescentado de um Broncodilatador de Longa Duração.
Há vários tipos de dispositivos inalatórios e vários tipos de medicação em cada um deles.
Cada paciente deve discutir com seu médico qual o mais adequado para a gravidade da sua doença e qual dispositivo foi completamente entendido pelo paciente.
O uso irregular dos dispositivos é uma das principais falhas no tratamento.
Importante ressaltar que a Asma é uma doença crônica, que vai necessitar de acompanhamento constante, a medicação pode ser aumentada, reduzida ou mesmo suspendida em casos específicos, mas sempre com acompanhamento.
Uma vez tratada e estável, a Asma não limita em nada a vida do paciente.
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