Abordagens alimentares limpas, ou seja sem alimentos processados.
Não é exatamente uma novidade, sempre que falo aqui das várias abordagens alimentares dentro da Medicina Funcional, todos os planos têm uma coisa em comum: são abordagens alimentares limpas, ou seja sem alimentos processados.
De fez em quando vem aquela pergunta: E refrigerante diet? E Polenguinho? E Maionese? E Catchup sem açúcar? Nenhum dos citados, vai fazer você ganhar peso per se, mas todos mas alimentos são ultraprocessados, “comida de pacote”.
O trabalho é novo, mas seu desfecho já era esperado: os alimentos ultraprocessados, são alimentos que passam por processos industriais onde há adição de conservantes, sal, açúcar, realçadores de sabor e texturizantes (como salgadinhos industrializados, conservas de legumes, frutas em calda, enlatados e embutidos por exemplo).
Uma publicação recém divulgada pelo JAMA acompanhou durante 7 anos mais de 45.000 pessoas na França com idade a partir de 45 anos e verificou que a cada incremento de 10% na frequência de consumo de alimentos ultraprocessados houve aumento de 14% no risco de mortalidade.
Segundo o estudo, as causas mais prováveis desse aumento de mortalidade relacionada ao consumo de ultraprocessados se deve ao fato dos mesmos terem elevados níveis de sódio, elevados níveis de açúcar, baixo teor de fibras, presença de compostos cancerígenos (devido ao processo de industrialização que usa altas temperaturas), aditivos químicos potencialmente tóxicos bem como disruptores endócrinos presentes nas embalagens (substâncias que simulam hormônios no nosso organismo).
Costuma consumir esses produtos? Fica então o alerta! O ideal é não consumi-los num geral, mas se não tiver outra maneira, tentar manter o consumo a um mínimo.
Referências: Fairchild et al, JAMA Internal Medicine, 2019.