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As primeiras dietas humanas não continham quase nenhum grão, mas hoje em dia eles representam uma parte importante da dieta da maioria das pessoas

A Dieta sem Glúten parece ser apenas uma moda, mas para as pessoas com Doença Celíaca (DC), é vital. Em cerca de um por cento da população com DC, ou que não tem diagnóstico, ou que segue consumindo glúten (uma proteína encontrada no trigo e em alguns outros grãos) uma reação imunológica é desencadeada e leva à destruição das células intestinais chamadas Enterócitos. 

Isso pode resultar em diarréia crônica e perda de peso, bem como anemia, osteoporose e depressão. 

A DC ainda pode causar deficiências nutricionais e é mais comum em pessoas com histórico familiar positivo ou acontecer em conjunto com outras doenças autoimunes.

Mas nem todo mundo que tem uma reação ruim ao glúten tem DC. Outras condições, incluindo Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (NCGS), podem causar sintomas semelhantes. 

A NCGS não envolve o sistema imunológico, mas quando as pessoas que a possuem consomem glúten, elas podem apresentar sintomas como dor abdominal, inchaço, diarréia ou constipação. Também pode causar dores articulares e musculares, erupções cutâneas, anemia e depressão.

Tanto na DC como na NCGS, o glúten é a causa dos sintomas e dos problemas de saúde resultantes. Mas o que causa essa sensibilidade ao glúten – e por que isso parece estar aumentando?

A resposta tem a ver com a maneira como os grãos – e como os consumimos – mudaram ao longo dos milênios. As primeiras dietas humanas não continham quase nenhum grão, mas hoje em dia eles representam uma parte importante da dieta da maioria das pessoas. Esta mudança começou quando o trigo foi domesticado aproximadamente 10.000 anos atrás. Desde então, a composição da planta mudou à medida que os agricultores selecionaram sementes com características que facilitam o cultivo. 

Como resultado da evolução do grão, o trigo contém agora muito mais glúten do que seu antigo ancestral. Isso, combinado com o fato de que comemos mais grãos que no passado, pode ser um dos motivos pelos quais estamos vendo um aumento tão grande na sensibilidade ao glúten. 

Outra possibilidade é que os herbicidas usados nos campos de trigo estejam matando “boas” bactérias intestinais e permitindo que bactérias “ruins” floresçam, o que, por sua vez, afeta a imunidade intestinal e a integridade intestinal. A pedra angular do tratamento da doença celíaca e da NCGS é evitar o glúten. Para celíacos, essa eliminação é vitalícia. 

Algumas pessoas com NCG serão capazes de reintroduzir pequenas quantidades de glúten após o trato gastrointestinal ser restaurado. Como as deficiências nutricionais são comuns nos distúrbios relacionados ao glúten, é importante observar níveis de cálcio, ferro, magnésio, zinco, vitamina D, vitamina B12, ácido fólico e outras vitaminas do complexo B.

Outra consideração importante é reduzir a exposição a qualquer coisa que cause inflamação intestinal, incluindo alimentos irritantes, metais pesados e produtos químicos tóxicos (herbicidas e pesticidas, principalmente).

Embora tanto a doença celíaca como a NCGS possam ser condições difíceis, ambas são condições muito manejáveis. Com uma abordagem integrada à dieta, estilo de vida e alguns suplementos, é possível viver uma vida plena e livre de sintomas.


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Dra. Daniela é a única médica brasileira que possui, simultaneamente, as 3 Certificações Internacionais: 1) Fellowship in Integrative Medicine, pelo Andrew Weil Center for Integrative Medicine, em 2019, 2) ABLM Diplomate, pelo International Board of Lifestyle Medicine, em 2019 e 3) IFM Certified Practitioner – IFMCP, pelo Institute for Functional Medicine, em 2018. Foi ainda a primeira médica brasileira a obter o IFMCP

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