O ideal é com regularidade e intensidade alta (sempre com supervisão)
Prescrição de mudanças no estilo de vida podem ser um desafio: os pacientes muitas vezes aderem a essas mudanças esporadicamente e podem ter dificuldade em sustentá-las no longo prazo.
Muitos médicos assumem que, para mudar a trajetória da saúde de um paciente, hábitos saudáveis de exercícios devem ser consistentes.
No entanto, algumas novas pesquisas sugerem que os benefícios físicos do exercício podem persistir mesmo se um paciente reduzir ou parar de se exercitar.
Em um estudo randomizado, 384 indivíduos sedentários e com sobrepeso, com idade entre 40 e 60 anos foram randomizados em quatro grupos:
- pouco exercício de intensidade baixa a moderada,
- baixa quantidade exercício de intensidade vigorosa,
- alta quantidade exercício de intensidade vigorosa,
- controles inativos.
Os cientistas acompanharam a condição física aeróbica, pressão arterial, sensibilidade à insulina e circunferência da cintura.
Durante o estudo original, cada um desses marcadores de saúde melhorou nos três grupos que se exercitaram e não nos controles.
Para determinar se houve efeitos herdados dessa intervenção, 104 participantes (52 homens e 52 mulheres) retornaram para um estudo prospectivo.
Após mais de uma década, houve reduções no tempo de exaustão e no pico de VO2 em todos os grupos de exercícios, mas nos dois grupos de treinamento de intensidade vigorosa, as reduções de aptidão foram cerca de metade (logo o benefício é mais acentuado em quem se mantem regular e intenso, mas não se perde no demais).
Além disso, todos os três grupos de treinamento se beneficiaram ainda na redução da circunferência da cintura.
Em resumo, exercite-se!
O ideal é com regularidade e intensidade alta (sempre com supervisão), mas se não tem tempo, se a preguiça bate de vez em quando, se uma semana está mais agitada e com mais compromissos: exercite-se como der e quando der.
Um pouco é melhor que nada!