A Medicina Funcional tem a alimentação como base da sua estratégia de tratamento de doenças crônicas. Existem três planos alimentares básicos, todos sempre promovendo alimentação limpa (sem alimentos processados) e orgânica:
Após essa abordagem inicial, outros planos específicos podem ser iniciados:
Cada um desses planos alimentares pode ser trabalhado numa diferente proporção de macronutrientes (proteínas, gorduras e carboidratos) e pode ou não ser vegetariano ou vegano. A decisão e personalização individual vai depender de cada paciente.
A abordagem Low Carb High Fat (LCHF) é apenas um dos estilos dentro do Mito Food Plan. O que conceitua uma abordagem LCHF é a quantidade de carboidratos variando entre 10 a 15 % do total de calorias pretendidas.
Como exemplo numa dieta de 2400 kcal:
Mas como tanta gordura?
Geralmente os pacientes ficam confusos na quantidade de gordura a ser consumida e pensam que vão comer manteiga ou óleo de coco de colheradas. Não!
É muito mais fácil ingerir gorduras do bem do que se imagina.
Vamos calcular juntos uma salada, em valores aproximados:
200 g de alface americana (2,8 kcal)
C | 0,1 g |
P | 0,6 g |
G | 0,0 g |
150 g de tomate cereja (38,8 kcal)
C | 8,2 g |
P | 1,5 g |
G | 0,0 g |
90 g queijo mussarela (246 kcal)
C | 3,0 g |
P | 18,0 g |
G | 18,0 g |
30 gramas de nozes (202 kcal)
C | 6,0 g |
P | 4,0 g |
G | 18,0 g |
39 ml (3 colheres de sopa) azeite (351 kcal)
C | 0,0 g |
P | 0,0 g |
G | 39,0 g |
TOTAL DA SALADA: 840,6 kcal
Deu para ter uma ideia?
Uma salada, pesando 500 gramas, com 840 kcal e totalmente LCHF! Um médico funcional pode te ajudar a decidir qual a melhor estratégia e dar as devidas orientações sem toda essa matemática.
Finalizando, sempre é bom lembrar que LCHF não é só carne, queijo e bacon, e sim uma alimentação com correta proporção de proteínas e baseada em muitos vegetais de baixa carga glicêmica.