O Environmental Working Group libera anualmente diversas listas para que todos nós tenhamos uma noção da carga tóxica de vários produtos que entramos em contato no nosso dia-a-dia.
O site vale muito a visita e apesar de os dados serem apenas referentes ao produtos vendidos no mercado americano, dá para ter uma ideia aproximada das substâncias a que estamos diariamente expostos.
Uma das lista mais aguardadas, é sempre a dos alimentos com a maior quantidade de resíduos de pesticidas.
Cerca 178 tipos de pesticidas ou de seus metabólitos foram encontrados nas milhares de amostras analisadas.
Alguns pesticidas persistem nos vegetais mesmo após a lavagem e outros persistem inclusive em vegetais descascados.
Na lista de alimentos de 2017, o relatório demonstrou que 70% das amostras dos 48 produtos não orgânicos analisados, se mostrou positiva para pelo menos um pesticida.
O EWG leva em consideração os resultados dos testes de resíduos de pesticidas liberados pelo FDA (Food and Drug Administration) e ordena os alimentos de maneira decrescente – os 12 alimentos do topo da lista são conhecidos como os “Dirty Dozen”, ou seja, aqueles com a maior carga de pesticida.
São eles:
1. Morango |
2. Espinafre |
3. Nectarina |
4. Maçã |
5. Pêssego |
6. Pêra |
7. Cereja |
8. Uva |
9. Salsão |
10. Tomate |
11. Pimentão |
12. Batata |
Pêras e batatas são estreantes na lista e deixaram para trás pepino e tomate cereja que hoje estão, respectivamente, na décima terceira e décima quarta posição.
Algumas observações importantes foram feitas:
1. Mais de 98% das amostras de morangos, espinafre, pêssego, nectarina, cerejas e maçãs testaram positivas para pelo menos um tipo de pesticida ou de seu subproduto;
2. Em uma das amostra de morangos, foram encontrados 20 tipos diferentes de pesticidas ou de seus subprodutos;
3. As amostras de espinafre tiveram em média o dobro de resíduo de pesticida por peso em relação à outras folhas verdes.
Essa lista não deve, de maneira nenhuma, limitar a quantidade alimentos de origem vegetal da nossa alimentação, mas nos lembra em quais alimentos devemos ficar de olho e que devemos sempre que possível optar pelos orgânicos e de produção local.
A exposição crônica à alimentos com alto teor de resíduos de pesticidas é um dos fatores desencadeadores da inflamação de crônica de baixo grau, que por sua vez é o fator comum mais estudado atualmente na causa de várias doenças crônicas não transmissiveis e em especial de várias doenças auto-imunes (estudadas em Medicina Funcional no seu APM - Advanced Practice Module Immune).
O recado de hoje é simples: se for para escolhar alguns dos alimentos da lista acima para ter em sua mesa, escolha orgânico!