Entre os diversos fatores que podem afetar negativamente a saúde da tireoide (principalmente em se tratando de Doença de Hashimoto), os disruptores endócrinos têm um impacto potencialmente importante na função dessa glândula.
Uma investigação de 2021 sobre produtos químicos disruptores endócrinos (DE), que são frequentemente encontrados em alimentos, embalagens de alimentos, água e produtos de cuidados pessoais, indicou que DE como bisfenol A (BPA), ftalatos e compostos retardadores de chama, incluindo bifenilos policlorados (PCBs), podem interferir no funcionamento da glândula tireoide e no transporte do hormônio tireoidiano por meio de vários mecanismos.
Especificamente para BPAs, estudos in vitro e in vivo mostram que esses produtos interferem com os receptores da tireoide, influenciando a expressão gênica nos níveis da tireóide e hipófise e na interrupção da produção de proteínas de transporte dos hormônios de tireóide, levando a uma piora da função da glândula.
Um estudo adicional específico para a exposição ao ftalato sugeriu que esse DE pode influenciar os níveis de hormônio da tireoide por meio do estresse oxidativo ou nitrosativo induzido.
Estudos observacionais também observaram uma maior prevalência de doenças autoimunes da tireoide em pessoas vivendo em áreas poluídas, perto de petroquímicas e em áreas contaminadas com pesticidas organoclorados.
Outros fatores que podem afetar o equilíbrio do hormônio tireoidiano incluem estresse e inflamação crônica.
Embora os mecanismos não tenham sido totalmente identificados, a regulação prejudicada do estresse oxidativo e da inflamação, por exemplo, caracteriza a progressão do hipotireoidismo subclínico, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão.