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Covid Longa: sintomas físicos, mentais e psicológicos

Hoje falando sobre um especto muito importante da “Covid Longa” e que vejo com muita frequência no consultório: além dos sintomas físicos, temos que nos atentar e muito para os sintomas mentais, psicológicos e uma tristeza percetível nos olhos dos pacientes.

Estamos em um momento de crescentes distrações, frustrações e incertezas, e é difícil desfrutar e manter a felicidade e o contentamento genuínos.

Para ajudar nesse momento difícil, existem técnicas de Psicologia Positiva. E aqui vão alguns exemplos:

  • Entrar no “fluxo” da felicidade, aquela zona feliz onde você está completamente envolvido e absorvido por um momento ou uma memória de um dia ou um acontecimento que genuinamente lhe trouxe contentamento. Permanecer com esse pensamento por 5 minutos ao acordar ou antes de dormir;
  • Identificar e desenvolver suas forças, suas qualidades, sua própria história de superação (todos temos pelo menos uma!) que aumentam a felicidade pessoal e nossa autoconfiança. Um estudo Britânico recente mostrou que as pessoas que identificam sua principal força e a usam de uma nova maneira a cada semana aumentam significativamente o bem-estar;
  • Amplie o impacto da gratidão na felicidade. Observe como a gratidão por coisas que consideramos pequenas é importante para construir relacionamentos fortes consigo mesmo, com amigos e familiares. Desenvolver uma atitude de gratidão sobre o seu passado e presente, leva a manter uma aura de otimismo com relação o seu futuro;
  • Aumente sua capacidade de reconhecer e celebrar os prazeres simples do seu dia conforme eles ocorrem. Pratique a gentileza;

Tudo isso parece ser bobo ou sem importância e não parece ser algo com que um médico na correria entre anamnese, exame físico, diagnóstico diferencial e tratamento consiga lidar.

Mas acredite, faz toda a diferença para o paciente e sim, trás para o médico uma sensação de contribuição com o bem maior, a coletividade.

Eu acredito na ideia de pessoas se importando com pessoas para que todas as pessoas se sintam percebidas.

Sempre faço uma abordagem inicial nas minhas consultas, separo sempre um momento para que o paciente expresse seus medos, receios e frustrações.

Faço um aconselhamento básico como descrito acima e sempre encaminho para um profissional de saúde mental: Psicólogo ou Psiquiatra (ou ambos).

Em todo retorno e reconsulta traga de volta a questão, reforço as sugestões do colega e deixo minha contribuição para melhorar o estilo de vida em relação a alimentação saudável e a prática de atividade física regular.E deixo claro: ninguém precisa passar por esse processo sozinho. Com alguém guiando e ajudando fica muito mais fácil.

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